ESSA MATÉRIA tem o objetivo de alertar a todos os Candidatos a Cargos Eletivos, seja no Executivo, ou no Legislativo.
NÃO se trata de ficção, mas de um fato acontecido durante uma corrida eleitoral, em um município não muito distante, deixando um determinado candidato numa situação bem difícil.
ME PRIVAREI de citar o nome do candidato e mesmo do município, para não gerar especulações e, até mesmo, uma demanda judicial.
A CAMPANHA eleitoral corria solta e em alta velocidade.
Os Candidatos se atropelavam em busca de apoiadores e cabos eleitorais confiáveis, pois a concorrência era brutal.
Foi quando um cabo eleitoral teve ciência do falecimento de um cidadão, que morava no meio rural, mas tinha falecido na Capital e a família queria sepultar o parente no cemitério privativo, nas proximidades da sua fazenda.
ERA uma boa oportunidade de angariar algumas dezenas de votos, pois o falecido era pai de uns dez filhos e avó de muitos netos já devidamente qualificados como eleitores no município.
O EFICIENTE cabo eleitoral costurou a negociata.
Consistia no Candidato botar a sua perua Chevrolet na estrada e transladar o corpo do finado da Capital até o local do sepultamento e os votos de todos da região seriam dele.
Isso lhe custaria pouco pois, coincidentemente, ele já estava na cidade. Era só deitar o banco traseiro do seu veículo, embarcar o corpo e pé na estrada.
ASSIM avençado, assim feito.
Ele sabia de cor o trajeto a ser percorrido. Afinal conhecia palmo a palmo as fazendas e as estradas rurais daquele município. Por isso dispensou qualquer acompanhante, até mesmo pelo desconforto , pois o caixão com o defunto teve de ser colocado assim meio na transversal, para poder fechar a porta traseira do veículo.
ASSIM que venceu o trajeto da via asfaltada, ganhou a esquerda , em direção a fazenda. Coisa de uns dez quilômetros.
O sol já tinha entrado lá na Serra e já começava escurecer.
OS FAMILIARES, vizinhos e amigos ali reunidos, não tiravam os olhos da estrada por onde o Candidato chegaria com o finado. Muitos já diziam estar em atraso o condutor, pois faziam cálculos pelo horário que comunicou a saída da funerária até ali na fazenda. Já daria pra ter chegado …
E LÁ se foi outra hora de atraso. Mais outra; mais outra…quando atinaram ir atrás, pois alguém lembrou da mudança recente da estrada que, alem de ter encurtada a distância, ficaram livre da outra que estava bem danificada.
SENSATA e acertada foi essa providência.
O pobre do Candidato havia mesmo tomado o trajeto antigo. Até que ele não andou muito, pouco mais de um quilômetro.
Quando o encontraram ele tinha caído num buraco de um antigo mata burros que fora transferido o seu material para outro no novo trajeto.
AO CAIR de bico no buraco, ficou preso, engastalhado pelo caixão e o próprio defunto, naturalmente rígido e gelado, deixando-o sem condições de se
desvencilhar daquela matrifusia em que se metera. Já imaginava passar aquela noite escura com aquele defunto quase sentado em seu colo, formado pelas suas pernas presas e sem locomoção.
RESULTOU não ganhando as eleições, pois os votos que viriam do defunto crenfaram.
Os familiares culparam-no por toda a tragedia e a humilhação de sepultarem um cadáver todo mutilado, sujo, em um caixão quebrado…
ALÉM dessa perda dos votos, ficou sem o seu carro, dificultando a sua locomoção pelo município, em busca dos votos necessários a sua eleição.
PIOR ,ainda, daí em diante passaram a chamá-lo de o VEREADOR FUNERÁRIO…