O DIA: 30 de dezembro de 1944. O local: Fazenda Macaúba, pertencente ao casal, Marciano Dias da Cunha (Seu Dandico) e Dona Ana Justiniana Teixeira.
NAQUELE DIA, inteirado com a noite, seria realizada a Festa de Reis tão esperada, no povoado do Chapadao Pau Terra, nos cumes da Serra Geral.
Por essa razão todos os filhos, genros, noras e netos mais graúdos do Seu Dandico, arrearam a tropa e subiram a Serra, na expectativa de viverem bons momentos juntos aos Foliões e os amigos da região.
NA FAZENDA, ficaram somente o casal de velhos – nem tão velhos assim -, a filha, Maria, o genro Oscar e uns tantos netos mais novos, aos cuidados dos avós.
A FILHA MARIA, residia, junto ao marido e os três filhos que tinham, estava nos dias de ganhar o seu quarto filho.
Por isso não foram também á festa e não distanciaria da mãe, a melhor parteira da região.
A VÓ, já cuidava de arrumar as camas para a netaiada, quando chega o Genro Oscar, apressado e dando notícia de que a Maria já dera os sinais de um parto iminente.
A CASA deles era bem próxima. Dali já saíram levando os netos e meios de dormirem por lá mesmo, além dos petrechos necessários ao parto.Colchões foram estendidos juntinhos no piso da sala, onde a criançada deveria dormir.
A VÓ PARTEIRA iniciou a prática do seu ofício, auxiliada pelo marido e pela primogênita do casal, que contava seus cinco pra seis anos. A sua utilidade era importante, pois apesar da idade, sabia onde estariam os cueiros e as roupinhas do futuro filho, ou filha.
No quarto, com a filha parturiente, somente a futura vó do nascituro(a).
A MENINADA, alheia ao que se passava, era obrigada a permanecer em silêncio, por força do piraí do velho, que não arredava do tamborete, de onde ouvia, também, o que acontecia dentro do quarto.
LÁ PELAS dez horas da noite, a Vó Ana convocou o Avô, dando-lhe a notícia do nascimento de mais um neto: era um menino…
Chamou, também, a neta, Ireni, a mais velha do casal, para trazer as roupinhas do recém nascido. – Ela sabia onde estavam e trouxe rapidinho…
NO OUTRO DIA, 31 de dezembro, que os festeiros, chegando ao raiar do dia, souberam que tinha vindo ao Mundo aquele que seria batizado com o nome do avô, MARCIANO BORGES DE MELO e que deveria dele herdar o apelido de DANDICO, mas que reduziu com o tempo pra DICO.
E HOJE, dia 30 de dezembro, na presença dos seus familiares e amigos, curte a ressaca boa da Festa comemorativa dos seus 80 anos, que aconteceu no Salão de Festa”LUIZ EVENTOS”, abrilhantada pela extraordinária Banda “PH e GUSTAVO.”
Peço licença aos quatrocentos participantes, aos quais muito agradeço, para mencionar alguns nomes, que para mim são especiais.
Dr Joaquim Álvares da Silva Campos, colega e amigo de Paracatu;
Dr Geraldo Teixeira de Lima, meu grande amigo e o primeiro Médico de Vazante;
Tio Alirio Borges da Cunha, o único Tio vivo que temos entre nós;
Dr. Antônio Valeriano Corrêa, meu amigo e o primeiro Agrônomo de Vazante e o melhor Diretor Escolar de Vazante;
O Professor, Valdir de Oliveira, grande e festejado mestre no Ginásio Estadual, Pedro Pereira, transferindo-se para Paracatu, se fez Presidente da COOPERVAP, por três mandatos consecutivos;
Hélio Pereira Guimarães, meu amigo e compadre, o melhor Prefeito de Vazante;
Dr. Gilberto Batista, colega e amigo de muitas lutas;
Dr. Olivar Noronha, o grande MANITO, da dupla Osmano e Manito e sua família. Ele, meu amigo e Colega de Faculdade.
A minha esposa, Maria Olivia G. de Melo, minha filha, Tânia e meus filhos, Vinicius e Vernec e minhas noras! Netos, netas e bisneta.
Meus irmãos, de modo especial, minha primeira mana, Ireni – aquela que auxiliou no meu nascimento e minha mana, Terezinha Melo, que superou graves problemas de saúde,, para estar conosco.
FINALMENTE, agradeço a super produção da Banda “PH eGUSTAVO”, e a canja do grande intérprete, meu primo, Rogério, bem como aos grandes, Manito e Manito Júnior.
COMO VOCÊS ME FIZERAM FELIZES E ME CONCIENTIZARAM DO QUANTO FOI BOM VIVER ESSES 80 ANOS…