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O POVO CONTINUA CLAMANDO PELO TOMÓGRAFO

LEONARDO LENSKIJ/DIVULGAÇÃO/JC

É DO CONHECIMENTO geral que há mais de doze anos eu venho cobrando do Poder Executivo Municipal a aquisição e, mais do que isto, a instalação de um aparelho de exames de imagem chamado comumente de TOMÓGRAFO.

TRATA-SE de um aparelho de muita utilidade e comum na maioria dos Hospitais do País.

Através dos seus exames de imagens tridimensionais, é possível detectar e diagnosticar uma enorme quantidade de patologias, que seriam quase impossíveis de serem visualizadas por outros meios.

NÃO se trata de um aparelho de valor vultuoso, inalcançável para municípios como o nosso. Um aparelho novo, deve estar na casa de um milhão de reais. Um técnico em radiologia tem a capacidade de operá-lo e os laudos, como já se sabe, são realizados à distância. O mesmo que dizer que é indispensável a presença de um médico especializado diariamente no Hospital.

MAS POR QUE volto a esse assunto?

Raramente vou ao Hospital Nossa Senhora da Lapa. Quando vou é para uma rápida visita a algum parente ou amigo que ali esteja internado, ou precisa de alguma providência fora dali.

Foi o que aconteceu.

 

HÁ CERCA de duas semanas passadas, fui até ao Hospital, visitar um amigo, (não vou declinar o nome, mas se preciso for o farei), que já tinha sido encaminhado antes para tratamentos médicos fora de Vazante, em razão das nossas deficiências na área da saúde. Pra onde fora encaminhado, também não obteve sucesso, em razão da gravidade das suas patologias, acharam por bem ré encaminha-lo de volta para Vazante, a fim de receber os tratamentos paliativos, próximo aos seus familiares até, infelizmente, ao desfecho final.

 

NESSA VISITA, apesar do seu estado crítico de saúde, tive oportunidade de reviver com o amigo alguns momentos vividos nos nossos costumeiros resgates de folclore – isso há mais de uma década e que faz parte dos meus arquivos -, sem interferir nos procedimentos médicos, através das competentes enfermeiras que o assistia.

 

NISSO adentrou no quarto, onde ele estava interno, uma outra moça, que logo demonstrou ser uma médica, por certo que o assistia diariamente. Pelo visto já era conhecida da família.

Chamando a atenção dos familiares, disse estar decidida a indicar um exame de TOMOGRAFIA ao paciente, para o quê, o encaminharia numa ambulância para Patos de Minas, àquele fim.

 

NOTEI que aquela decisão da jovem médica, (que não sei o seu nome e nem pretendo saber, porque não é a minha intenção criticar o seu trabalho), causou um clima de apreensão nos familiares, que se entreolharam sem nada dizerem.

QUANTO a mim, me vi naquele jovem enfermeiro de sessenta e tantos anos passados, lá na Casa de Saúde Imaculada Conceição, em Patos de Minas, convivendo com médicos da estirpe de um Dr Benedito Corrêa Loureiro e seu irmão, Dr Paulo Corrêa Loureiro e muitos outros, dos quais jamais ouvi uma decisão sequer ser colocada em dúvidas.

Porém, não interferi.

OS FAMILIARES, apesar de serem pessoas humildes, se aquiesceram de pronto à decisão da jovem médica, mas não deixaram de questioná-la quanto a eficácia daquela providência tão incômoda e, por que não dizer, inconveniente, a um paciente naquele estado crítico, quase terminal.

A Médica deu as suas explicações, a meu ver inconvincentes, mas que não foram objeto de questionamento por parte dos familiares e muito menos por mim, é lógico.

 

TÃO LOGO a Doutora se ausentou do quarto, os familiares se confabularam e pediram a minha opinião.

PARA não ser indelicado com aquelas pessoas, sofridas já por vários dias com o esposo, pai, avô, naquele estado desesperador, mas conhecedor que sou de que a ordem médica não deve ser desrespeitada, emiti a minha sensata opinião.

Vendo que ninguém digeriu de pronto aquela providência decidida pela Médica, o mesmo ocorreria comigo, caso fosse uma pessoa da minha família, os aconselhei a procurarem um dos médicos mais experientes do Hospital, já que nem sei quem seria o administrador daquele nosocômio, para tirar as dúvidas que pairavam sobre todos os familiares.

 

NISSO, terminado o prazo da minha visita, dali me retirei, com o coração cheio de dúvidas…

PASSADOS dois ou três dias, recebo uma mensagem de uma das filhas do meu amigo, noticiando o seu falecimento, relatando o local do velório, dia e hora do seu sepultamento.

Não fui ao velório, mas somente ao sepultamento.

Lá fui informado por uma das suas filhas que, após uma longa conversa com médicos mais experientes, decidiram não levar o paciente para o tal exame, mas sim, para a sua casa, onde ficou por uns dois dias e faleceu.

 

QUAL A RAZÃO de retornar ao tão clamado TOMÓGRAFO?

`Primeiro pela necessidade indiscutível desse equipamento médico, tão útil em qualquer Hospital e muito mais no nosso, devido a distância que estamos separados de Patos de Minas, ou outra cidade que dele disponha.

Depois, por saber que o seu custo é muito pequeno diante do poder aquisitivo do nosso município, que gasta por ano, levando e trazendo pacientes para submeter-se aos seus exames, valores que já superaram o da sua aquisição.

POR ÚLTIMO, ainda no ano passado, o Deputado Federal, Franco Cartafina, a pedido do vereador, Gilberto Rosa, através de emenda parlamentar, conseguiu para Vazante, valores direcionados à aquisição de um Tomógrafo, cuja verba entrou nos cofres da municipalidade e já foi adquirido o aparelho, que se encontra dormitando em berço esplêndido, na policlínica, sem ser utilizado.

Enquanto isso, as ambulâncias do município cortam a Porfírio Rosa, de Vazante a Patos, levando e trazendo pacientes, para serem submetidos a exames de Tomografia, na vizinha cidade de Patos de Minas.

 

ENTRE uma reforma e outra, o nosso povo haverá de aguardar para o próximo ano, período eleitoral, que esse sonho de ter um TOMÓGRAFO no nosso HOSPITAL, seja realizado, pois temos notícias de que a administração municipal está fazendo outras reformas no mesmo.

Quem sabe, além das belas fachadas, seja construída um cômodo para agasalhar esse importante equipamento de imagens, além do Endoscópio, cuja verba para a sua aquisição foi prometida pela Deputada Maria Clara Marra, em pronunciamento na grandiosa Festa dos Carreiros, a Tradicional, no sábado p. passado.

 

 

 

 

 

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MARCIANO BORGES

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