Advogado, fazendeiro,
escritor e empresário

A CONVITE da coordenação do evento, participei no dia 14 de outubro p. passado, da Confraternização das famílias RABELO.

TIVE de fazer um esforço hercúleo para conseguir chegar a tempo neste evento, pois coincidiu com o lançamento de uma coletânea de Contos, do qual eu participava, na cidade de Alvinópolis, homenageando um grande escritor, ensaísta, crítico literário, reconhecido internacionalmente. Trata-se do saudoso, José Afrânio Moreira Duarte.
MAS, valeu a pena.

OLHA que eu já participei de diversas confraternizações familiares, onde reuniram inúmeras pessoas, mas igual a essa dos Rabelos, confesso que nunca tinha visto. Cheguei ao local da festa, na fazenda do Jeovanine (antiga fazenda do Seu Romeu Rabelo) um ´pouco atrasado (às 14 h), pois sai de Alvinópolis, a 670 km, às três da manhã, e me surpreendi com a quantidade de gente ali reunida. Mais ou menos duzentas e trinta pessoas, conforme relato da organização.

NESSA confraternização estariam os descendentes de dois casais. Dois irmãos casados com duas irmãs.
Eles, Manoel Rabelo de Araújo e Sebastião Rabelo de Araújo, filhos de Sebastião Rabelo de Araújo e Prudenciana Leopoldina de Resende.

Elas, Veridiana Assunção e Zilda Assunção, ambas filhas de José Joaquim Assunção (Zequinha Bento) e Cândida Silvéria (Dona Ducha), Todos da região de Santa Rosa, município de Coromandel.
SEU ROMEU, casado com D. Veridiana, pra todos nós, a querida Dona Veride, foi o primeiro casal daquele tronco, Rabelo/Assunção, a vir morar nessa região.

O SOGRO, Zequinha Bento, era proprietário de uma enorme quantidade de terras aqui na região do Campo Alegre e Claro. O que foi suficiente para dividir com os filhos. Sendo que, duas delas, vieram aqui fixar residência e constituir as suas respectivas famílias. Era a Corina, casada com o Sr Antônio Queiroz, (Nico). A Veridiana, casada com o Romeu. Já a Zilda casada com o Célio, no entanto, por força do destino, diante do falecimento da esposa do pai e sogro, Zequinha Bento, tiveram de abortar uma mudança para essa região. O pai, já idoso e sem a esposa, requeria maiores cuidados, por isso a filha não teve escolha outra, senão cuidar do seu genitor.
MANOEL RABELO DE ARAUJO, nome pouco conhecido, pois pra todos era o Seu Romeu, veio casado de novo e fixou morada numa pequena casa de pau a pique, até que conseguisse construir coisa melhor para agasalhar a sua família, que já começava a crescer.

FOI assim, que Seu Romeu edificou a sua casa, levantou currais, barracões, paiol, chiqueiro e demais benfeitorias, onde viveu por trinta e cinco anos, com a sua esposa querida.
EU, ALI, conheci aquele casal de pessoas amáveis, receptivas e queridas por todos da região.
Seu Romeu foi um homem tão querido pelo povo, que se elegeu ao cargo de Vice Prefeito de Vazante, fazendo chapa com o Prefeito, Otávio Pereira Guimarães, Otavinho, quando fizeram uma das melhores administrações de Vazante, senão a melhor. Mesmo residindo à margem da rodovia, que ligava Vazante a Coromandel, Guarda-Mór e Paracatu, tendo inclusive uma porteira bem na lateral da sua residência, o que incomodava bastante, não hesitavam em hospedar ora um, ora outro, transeunte, no aguardo de uma condução para um desses destinos. Era um convívio de certa forma perigoso, embora naqueles belos tempos o povo tinha outra índole e procedimentos.

O CASAL teve nove filhos: Maria Araújo, (Araúja), Prudenciana, (Zica) e Cândida, (Doquinha). Essas três filhas nasceram em Santa Rosa; na nova moada, aqui na região, nasceram o Sebastião Rabelo, José Rabelo, Amador Rabelo, Eustáquio Rabelo, Elias Rabelo e Djalma Rabelo. Hoje já não estão conosco o Tião, Amador, Arauja, Jose e Djalma. Todos de saudosas memórias.

QUANDO tive o privilégio de conviver com essa família, eu ainda jovem, amigo que sempre fui de todos eles e mais ainda daqueles da minha faixa etária. Mesmo com o José e o Amador, embora mais velhos do que eu, participamos de muitas farras, bailes e festas juntos. Com o Eustáquio e o Elias, mais ou menos da minha idade, também dividíamos mesas de bailes, horas dançantes e passeios, da forma mais prazerosa e livres dos vícios que hoje permeiam a juventude. Com o Djalma, bem mais novo, não tivemos o mesmo convívio.

DONA Veride, era como se fosse uma mãe. Dela, sempre tive um tratamento de pessoa de casa. Mesmo em Coromandel, onde Seu Romeu, preocupado em proporcionar estudos aos filhos, levou os três mais novos, Eustáquio, Elias e Djalma, matriculando-os no curso ginasial. Dessa providência os dois mais novos conseguiram se formar em um Curso Superior. Pena que o saudoso Djalma foi brutalmente acidentado por um dos seus animais. Um reprodutor da raça Holandesa, o surpreendeu e com uma cabeçada lançou-o contra um moirão de porteira, o que foi a causa do seu óbito. A propósito, um dos fatos marcantes desse encontro de família, foi a reunião dos três filhos do Djalma, que não se viam há mais de dez anos. Dois deles estão residindo e trabalhando no exterior. O Hairton Rabelo, na Bélgica; o Glauco Rabelo, na África do Sul e o Flávio Rabelo é o único que ficou no Brasil, mora em Uberlândia.

FOI muito emocionante esse reencontro, dando um maior brilho ao evento familiar. Primeiro, pelo fato dos três terem atendido ao convite do Coordenador, se deslocando de tão grandes distâncias. Dois deles de além mar; segundo pelo abraço emocionado dos irmãos, que ficaram órfãos muito crianças e pelas circunstâncias se viram separados, seguindo cada qual o seu caminho. Todos os Rabelos que se fizeram presentes, elogiaram bastante o belo trabalho realizado pelo coordenador deste evento, Jeovanine Rabelo e sua esposa, Simone, assim como a cooperação do Aroldo Rabelo, que não pouparam esforços para que tudo acontecesse da melhor forma possível.
NÃO é fácil, convenhamos, reunir duzentas e trinta pessoas de duas famílias num só lugar, inclusive, como já foi dito, atraindo parentes de além mar e de diversos lugares desse nosso Brasil.

DA FAMÍLIA do Célio Rabelo, conheço alguns. Mesmo porque, ele ficou morando junto ao sogro em Santa Rosa, até o seu falecimento. Depois, transferiu residência para Coromandel, onde residiu até o dia em que Deus o chamou.
CONOSCO na região, moraram dois de seus filhos, o saudoso, Tião do Celio, e o Candico. Já o Fernando, ficou em Coromandel, juntamente aos pais, deles cuidando dedicadamente, até os seus derradeiros dias.
EU tive o prazer de conhecer o Sr Célio Rabelo. Naqueles tempos em que o cerrado da região estava sendo transformado em carvão, eu e o meu inseparável, Baiano (que Deus o tenha), fomos até a sua casa e dele adquirimos uns tantos hectares de cerrado. Depois, o revendemos, não me lembro pra quem.
Em diálogo, aliás, muito proveitoso, com o Fernando, seu filho mais novo, no dia da confraternização, ele me disse que o dinheiro daquela madeira foi suficiente para eles construírem uma casa de residência, em Coromandel.
Era uma pessoa tanto cordial, quanto ao seu mano, Romeu.

DOS FILHOS do Sr Célio, o Sebastião e o Candico foram os que tiveram, uma duradoura convivência dentre o povo da região, pois aqui fixaram suas residências e laboraram em suas fazendas.
INFELIZMENTE, há pouco tempo passado, o Sebastião (Tião do Célio) nos deixou.
Os cumprimentos e agradecimentos à professora, Dulce Rabelo, pelo belo trabalho ao organizar a história dessas famílias, lançada anteriormente à divulgação desse texto.

SO ME RESTA cumprimentar a todos os Rabelos, pela alegria contagiante que se via no olhar de cada um. Pelas belas fotos de famílias, filhos, noras, genros, netos e bisnetos, que se multiplicaram.
PARABÉNS, Jeovanine e Simone, pelo empenho e pela organização, recebendo a todos em sua residência e conseguindo servir tão bem a essa quantidade de pessoas que acudiram aos seus convites.

RESTA somente agradecer ao convite a mim formulado, pois não tendo o privilégio de carregar comigo essa assinatura tão gloriosa dos Rabelos, emocionei-me em estar ali presente e rever, mais uma vez, aquela casa, onde não sei dizer quantas vezes ali pernoitei e nem quantas vezes me servi no velho fogão de lenha da D. Veride, pilotado pelo tão querido e saudoso, Divino que, com a sua humildade, seus trejeitos e alegria, completava, com certeza a harmonia daquela casa abençoada por Deus, no qual D. Veride e Seu Romeu eram crentes convictos.

QUE VENHAM OUTRAS CONFRATERNIZAÇÕES DESSA GRANDEZA, PARA A PERPETUAÇÃO DA FAMÍLIA RABELO…

Jeovanine e os três filhos do saudoso Djalma
Netos e bisnetos da família Rabelo

 

 

 

 

 

Noras. Netos e netas de Seu Romeu Rabelo

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MARCIANO BORGES

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