MINHAS AMIGAS, MEUS AMIGOS,
JUVENTUDE E CRIANÇAS…
NOTA DE AGRADECIMENTOS
PASSADOS mais de vinte dias da fatídica reunião da Câmara Municipal que reprovou o Projeto de Resolução, que me daria o título de HONRA AO MÉRITO, venho a público dizer o seguinte:
– Orgulhosamente recebi mais de mil mensagens de apoio nas minhas redes sociais, as quais, ao mesmo tempo, faz severas críticas aos nobres Vereadores que votaram em contrário, ou se se abstiveram.;
¬- Da mesma forma, em todos os lugares que me aporto, recebo, pessoalmente, outro tanto de apoio de pessoas, algumas que jamais imaginaria ficar ao meu lado, demonstrando sinceramente contrariados com a atitude daqueles cinco edis.
IMPOSSIBILITADO de responder a todos, individualmente, deixo aqui os meus mais sinceros agradecimentos, primeiro aos Vereadores: Daniel Henrique, Edgard Rosa, Romes Vaz, Paulinho do Osterno, Gilberto Rosa e a Vereadora, Debora Machado, e a todos os Internautas e ás pessoas que pessoalmente me confortaram.
HUMILDEMENTE, me curso diante de todos em forma de gratidão.
SE TIVEREM a paciência de ler, vai também o meu curriculum, que consta do PROJETO DE RESOLUÇÃO, que foi apreciado e votado pela Câmara Municipal naquela oportunidade o qual não preencheu as exigências apuradas daqueles cinco vereadores já mencionados.
MEU CURRICULUAM:
INICIEI ainda menino trabalhando com o meu pai na sua farmácia;
TRABALHEI de servente de pedreiro na construção da Igreja Matriz, atualmente o Santuário de Nossa Senhora da Lapa; engraxei sapatos, vendi pão de uma pequena padaria aqui existente, nas ruas da pequena cidade de Vazante.
AOS dezesseis anos de idade fui para Patos de Minas, onde trabalhei de enfermeiro no Hospital Imaculada Conceição. Lá fiz o curso de Admissão ao Ginásio, no Grupo Escolar Marcolino de Barros, tendo retornado em razão do falecimento da minha mãe em 1.961;
QUANDO completei 18 anos de idade, estava em Patrocínio estudando, cursando primeiro ano ginasial, retornando sem completar o ano letivo; NO ANO de 1.963, trabalhei auxiliando o meu pai no Cartório de Notas e Registro Civil de Vazante, organizando os índices e auxiliando em outros trabalhos;
EM 1.964, trabalhei na Companhia Mineira de Metais;
TRABALHEI na Prefeitura por alguns meses, dali saindo para assumir o Cartório de Registro Civil e Notas de Claro de Minas;
EM 1.966, me casei com Maria Olivia Guimarães de Melo. Votei pela primeira vez nesse ano, numa eleição municipal que elegeu Gustavo Solis Rosa como Prefeito e eu fui eleito Vereador à Câmara Municipal de Vazante.
COMO já tinha prestado minhas contribuições aos Delegados de Polícia da cidade, como escrivão ad’hoc , na ausência do profissional competente, tomei conhecimento das deficiências daquele órgão estadual, convidei ao colega, Hélio Pereira Guimarães, Presidente do Legislativo municipal, para formarmos uma comissão, a fim de construirmos um local para acomodar a Delegacia de Polícia Civil e o Destacamento Policial Militar.
CONVIDAMOS, para compor essa Comissão o Sr, João Luiz Machado, o Zizico Delegado e o Cabo Eurípedes do Couto, comandante do Destacamento Policial. O Prefeito. Gustavo Solis nos cedeu o Jeep da Prefeitura e os irmãos, Alyrio e Afrânio Alves Rosa, constantes contribuidores para o bem da comunidade, nos cedeu o lote de terreno. Daí, fomos de casa em casa, de fazenda em fazenda e nas companhias, Mineira e Ingá, de pires nas mãos, conseguimos doações de vacas, bezerros, materiais de construção.
GRAÇAS a tudo isso e mais a boa vontade de pedreiros, carpinteiros, serventes, enfim de toda a comunidade, em quatro meses dotamos a cidade de um local decente para as Policias e até mesmo para os presidiários, que eram tratados desumanamente, quando eram detidos para os procedimentos legais.
EM 1.967, fui convidado pelo Prefeito, Gustavo Solis Rosa, para assumir o Cargo de Chefe do Serviço de Educação e Cultura da Prefeitura Municipal, permanecendo nesse Cargo até o final do mandato e paralelamente exerci o Mandato de Vereado, pois era sem qualquer remuneração ou subsidio; fui Secretário do ex-prefeito, Antônio Ribeiro e, posteriormente Assessor de Gabinete- o que corresponde hoje a Secretário de Administração, do ex- prefeito Hélio Guimarães, ocupando a Secretaria do Desenvolvimento da Administração Alcides Diniz.
CRIEI o Curso preparatório ao Madureza Ginasial, inspirado no Projeto Minerva do Governo Federal, tendo o apoio de outros interessados, com grande sucesso;
NO MESMO ano, após ser aprovado em todas as matérias do extinto Ginasial, mudei para Brasília, levando a minha família, esposa e três filhos menores, o mais novo com apenas dois anos de idade, onde matriculei no Supletivo do segundo grau, no Curso Objetivo, frequentando aquele Curso de março a setembro. Nos exames realizados na Capital, no mês de outubro, fui aprovado em todas as matérias, obtendo no mesmo ano os diplomas de primeiro e segundo grau, ficando apto a entrar para a faculdade, que era o meu objetivo. Ressalte-se que, dos 3.504 inscritos para fazerem as provas, apenas 05(cinco) conseguiram aprovação em todas as matérias, e eu fui um deles.
RETORNEI para Vazante, no mesmo ano de 1.972, em razão da eleição de Hélio Guimarães para Prefeito, com a finalidade de dar continuidade ao nosso Projeto de Governo, há muito planejado.
MESMO assim dei continuidade aos seus estudos, tendo matriculado na Escola de Filosofia e Letras de Patos de Minas, no Curso de Matemática, quando acumulei as funções de Funcionário da Prefeitura, Estudante e ainda de Professor nos antigos cursos Ginasial, Magistério e Contabilidade;
EMBORA fosse apaixonado com o magistério não dei prosseguimento aos estudos de Matemática e nem nas aulas, pois a remuneração era muito baixa e não seria suficiente para cumprir os meus objetivos familiares, que era estudar os filhos. Migrei, então, para o Curso de Direito da Universidade Federal de Uberlândia, colando grau em Direito no ano de l.980;
Só eu, minha família e Deus, sabemos das dificuldades até conseguir essa formatura, indo e vindo à Uberlândia todos os finais de semana e permanecendo uma semana naquela cidade a cada bimestre, para fazer as provas da Faculdade.
NESSAS alturas já tinha cumprido a tarefa junto ao Prefeito Hélio e dediquei-me a uma pequena propriedade rural na região de Claro de Minas e ao meu escritório de Despachante e de Advocacia, criados por mim antes de terminar o Curso de Direito, sendo este juntamente com um profissional já experiente, que me dava assistência semanalmente;
NAQUELES tempos tudo era mais difícil, A Comarca de Paracatu, a qual pertencíamos, além de distante era muito complicada, funcionava com deficiência, quase sempre sem Juiz, Promotor e os funcionários tinham também bastante dificuldade. Outra dificuldade também era não contar com as facilidades atuais, como internet, consultas etc. Isso durou até o ano de l990, quando conseguimos instalar a nossa Comarca;
NA CRIAÇÃO e instalação da Comarca a minha participação foi substancial. Como já foi dito, ainda na Administração de Hélio Pereira Guimarães, participávamos de sequenciais reuniões em busca de uma ligação asfáltica e da Criação da Comarca.
PELA PRIMEIRA vez o grupo político dominante perdeu as eleições, sendo eleito o médico José Benedito dos Reis Calçado. Tudo se deu em razão da inabilidade política do grupo, que perdera o seu maior líder, tendo falecido Afrânio Alves Rosa, não deixando substituto à altura, a oposição terminou substituindo o sétimo prefeito de Vazante, Valdevino Machado Guimarães, que teve um mandato de seis anos, divididos entre ele e seu Vice Prefeito.
DA MESMA forma, o mandato de Dr. José foi de seis anos, que também dividiu com o seu Vice, Luiz Rogério Ferreira. E no início do seu mandato, Luiz Rogério a mim confiou a luta em busca da criação e instalação da nossa Comarca. Através de uma Portaria, me deu Carta Branca para tomar todas e quaisquer providências á esse fim. Usei todos os meios disponíveis da época, fui no rádio, na TV, jornais e promovi diversas reuniões, sendo uma delas em Belo Horizonte, com a participação de todos os municípios interessados, sendo que em uma delas contamos com a participação do Newton Cardoso, à época Prefeito de Contagem e postulante do Cargo de Governador de Minas, o que aconteceu mais tarde. A Comarca foi criada e posteriormente instalada em l.990;
FUI SÓCIO fundador e Presidente do Lyons Clube Internacional. Na minha gestão foi criado o Baile das Debutantes, tão necessário para a sociedade da época.
FUI SÓCIO fundador e duas vezes Presidente do Social Vazante Clube, com gestões revolucionárias e lembradas até hoje pelos sócios. Na minha gestão, construí toda a área de lazer do Clube, assim como as piscinas, quadra de esporte, banheiros e uma nova Secretaria, com portaria independente da área social. Construí muros, fechando todo o imóvel a ele pertencente. Legalizei a situação dos associados e dei ao Clube condições de funcionamento, transformando em um local frequentado prazerosamente pelos associados.
JUNTAMENTE aos Capitães de Folias, José Cláudio, Ormênio Ferreira, Elias Salino, Adelino e outros, demos início aos Encontros de Folias, na porta do Asilo de São Vicente de Paulo, que se tornou uma tradição, se transformando num acontecimento aguardado e muito festejado pelas pessoas que gostam dessa tradição folclórica e religiosa.
PARTICIPEI da fundação da Conferência de São Vicente de Paulo da qual foi por diversas vezes o Secretário;
PARTICIPEI da fundação do Grupo de Alcóolicos Anônimos, onde proferi diversas palestras. Até hoje sou frequentador dessa importante Entidade, incentivando, palestrando e comemorando os bons resultados dela advindos. Quando criamos o AA, dizíamos a seguinte frase: “se conseguirmos tirar apenas uma pessoa da sarjeta, já valeu a pena.” E, para alegria de todos os membros de AA, já recuperamos muitos doentes alcóolicos, os quais, hoje, prestam seus depoimentos nas reuniões.
PARTICIPEI da fundação do Sindicato Rural de Vazante, sendo sócio do mesmo até a ´presente data; Auxiliei o saudoso Luiz do Pedro, na sua gestão como Presidente dessa Entidade, na construção do Galpão, local onde são realizados os leilões de gado tão exitosos;
Participei de uma sociedade de Fazendeiros, que se associaram com o Laticínios Ipanema, criando o Laticínios Vazante, hoje QJUATÁ, que aí está prestando seus bons serviços à classe produtora de leite e oferecendo cerca de 200 empregos diretos e outros tantos indiretos. Fui eu quem representou o grupo de fazendeiros junto aos sócios paulistas e quem dirigiu a Empresa criada, construindo a primeira fábrica. Essa iniciativa foi de grande importância, pois nós, os produtores de leite, ficávamos á época nas mãos de apenas uma compradora de leite, no caso a Nestlé, que abusava de todos, colocando o preço que lhe conviesse.
IDEALIZEI e criei, juntamente com outros sócios, destacando Dr Elson, Ali cério Agostinho, Manoel Tomaz da Cruz, Antônio Valeriano Correa, Heli Xavier e tantos outros, contando com o incentivo de José Romeu Rezende, à época, presidente da Cooperativa Agropecuária, já extinta, a COOPERATIVA DE CRÉDITO SICOOB CREDIVAZ, sendo seu primeiro Presidente, mantendo-a com o seu dinheiro até que viesse a ser acreditada;
Considero como a melhor de todas as coisas da minha iniciativa e ou participação que veio para Vazante. Basta ver a dimensão que alcançou, propiciando aos associados um meio mais suave de manter os seus negócios, pagando juros a menor e sendo sócio com a efetiva participação dos seus lucros.
COM a participação de Virmondes da Silva Barra, criamos a RÁDIO MONTANHEZA DE VAZANTE, a qual foi instalada em 1.990, com a participação de Romão Gonçalves Dias e Benedito Humberto de Andrade, sócios até o momento.
Tivemos momentos difíceis para manter a Rádio Montanheza no ar. Muitos meses deficitária, devido as dificuldades da transmissão em AM, sofrendo todos os tipos de ataque de irradiações e interferências, próprias da atualidade, até que conseguimos transmuta-la em uma FM que hoje nos orgulha e presta um serviço fantástico a nossa cidade e a toda a região, informando, alegrando e servindo de um elo de comunicação, pois a interação entre os nossos locutores e ouvintes é testemunhada no dia a dia da emissora.
COM a participação de vários colegas Advogados de Vazante, criamos a 295ª subseção da Ordem dos Advogados do Brasil, sendo o seu primeiro Presidente. Com muito orgulho, o meu filho, Dr. Júlio Vernec, foi também Presidente dessa Entidade e na sua gestão construiu a sua sede própria, ao lado do novo Forum.
NA LITERATURA fui o primeiro Vazantino a editar e lançar um Livro, intitulado, A Testemunha da Acusação. Este livro teve uma grande recepção nos meios literários levando-me a assumir uma cadeira na Academia municipalista de Letras de Minas Gerais. Mais na frente lançei o Padre e o Burrinho Pedrês, também de contos e que teve grande acolhida.
FUI MEMBRO fundador da Academia de Letras do Noroeste de Minas, na cidade de Paracatu e simultaneamente lançou o seu último livro A Nesga Goiana. REALÇA-SE ser o primeiro Escritório de Advocacia em Vazante, onde está hoje o seu filho Júlio Vernec Guimarães Borges de Melo, tendo ao seu lado a sua filha e minha neta, Júlia Resgalla Guimarães de Melo, dando continuidade ao ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA MELO.
MINISTREI diversas palestras em Escolas, Sindicatos, Cooperativas, Para Estudantes, no AA, Empresas, onde sempre era homenageado com placas e menções honrosas.
DESTACA-SE, no entanto, a MEDALHA HÉLIO COSTA, a mim concedida pelo Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, pelos serviços prestados à Justiça local e do Estado.
TEM ESPECIAL carinho pelo MÉRITO COOPERVAP, a mim conferida pela Cooperativa do Vale do Paracatu – COOPERVAP, e de maneira especial a placa de reconhecimento da professora Elisângela, pelos serviços Advocatícios a ela prestados quando em criança.
Á propósito, não registro os meus trabalhos jurídicos, pois entendo que aquilo que você executa em proveito próprio não há de ser considerado como um trabalho realizado em função da comunidade. No entanto, naqueles tempos em que inaugurei o primeiro escritório jurídico em Vazante, terminava por estar prestando um trabalho comunitário, devido a distância da sede da Comarca, que era em Paracatu, 120 km de estrada de terra, ônibus apenas uma vez por dia, etc. Isso tornava quase impossível para as pessoas de menor posses, buscar os seus direitos, muitas vezes desses alijados por essa razão.
Por outro lado, tenho o maior orgulho de dizer que durante grande parte da minha vida profissional como advogado, mormente antes da instalação da Comarca, prestei um trabalho comunitário de grande monta. Posso afirmar que mais de setenta por cento dos meus trabalhos jurídicos de então, foram GRATUÍTOS. E reafirmo que foram esses trabalhos de graça e na maioria das vezes eu pagava para executá-los, pois tinha de levar as partes junto comigo, não raramente pagar-lhes almoço, ou lanches, etc, foram os que mais me retornaram em realização pessoal e profissional. Se eu fosse aqui exemplificar, dispensaríamos muito tempo e, preferencialmente, não gostaria que fossem expostos.
O QUE SE DÁ COM A MÃO DIREITA A ESQUERDA NÃO PRECISA SABER…
PASSADOS mais de vinte dias da fatídica reunião da Câmara Municipal que reprovou o Projeto de Resolução, que me daria o título de HONRA AO MÉRITO, venho a público dizer o seguinte:
– Orgulhosamente recebi mais de mil mensagens de apoio nas minhas redes sociais, as quais, ao mesmo tempo, faz severas críticas aos nobres Vereadores que votaram em contrário, ou se se abstiveram.;
¬- Da mesma forma, em todos os lugares que me aporto, recebo, pessoalmente, outro tanto de apoio de pessoas, algumas que jamais imaginaria ficar ao meu lado, demonstrando sinceramente contrariados com a atitude daqueles cinco edis.
IMPOSSIBILITADO de responder a todos, individualmente, deixo aqui os meus mais sinceros agradecimentos, primeiro aos Vereadores: Daniel Henrique, Edgard Rosa, Romes Vaz, Paulinho do Osterno, Gilberto Rosa e a Vereadora, Debora Machado, e a todos os Internautas e ás pessoas que pessoalmente me confortaram.
HUMILDEMENTE, me curso diante de todos em forma de gratidão.
SE TIVEREM a paciência de ler, vai também o meu curriculum, que consta do PROJETO DE RESOLUÇÃO, que foi apreciado e votado pela Câmara Municipal naquela oportunidade o qual não preencheu as exigências apuradas daqueles cinco vereadores já mencionados.
MEU CURRICULUAM:
INICIEI ainda menino trabalhando com o meu pai na sua farmácia;
TRABALHEI de servente de pedreiro na construção da Igreja Matriz, atualmente o Santuário de Nossa Senhora da Lapa; engraxei sapatos, vendi pão de uma pequena padaria aqui existente, nas ruas da pequena cidade de Vazante.
AOS dezesseis anos de idade fui para Patos de Minas, onde trabalhei de enfermeiro no Hospital Imaculada Conceição. Lá fiz o curso de Admissão ao Ginásio, no Grupo Escolar Marcolino de Barros, tendo retornado em razão do falecimento da minha mãe em 1.961;
QUANDO completei 18 anos de idade, estava em Patrocínio estudando, cursando primeiro ano ginasial, retornando sem completar o ano letivo;
NO ANO de 1.963, trabalhei auxiliando o meu pai no Cartório de Notas e Registro Civil de Vazante, organizando os índices e auxiliando em outros trabalhos;
EM 1.964, trabalhei na Companhia Mineira de Metais;
TRABALHEI na Prefeitura por alguns meses, dali saindo para assumir o Cartório de Registro Civil e Notas de Claro de Minas;
EM 1.966, me casei com Maria Olivia Guimarães de Melo. Votei pela primeira vez nesse ano, numa eleição municipal que elegeu Gustavo Solis Rosa como Prefeito e eu fui eleito Vereador à Câmara Municipal de Vazante.
COMO já tinha prestado minhas contribuições aos Delegados de Polícia da cidade, como escrivão ad’hoc , na ausência do profissional competente, tomei conhecimento das deficiências daquele órgão estadual, convidei ao colega, Hélio Pereira Guimarães, Presidente do Legislativo municipal, para formarmos uma comissão, a fim de construirmos um local para acomodar a Delegacia de Políolícia Militar.
CONVIDAMOS, para compor essa Comissão o Sr, João Luiz Machado, o Zizico Delegado e o Cabo Eurípedes do Couto, comandante do Destacamento Policial. O Prefeito. Gustavo Solis nos cedeu o Jeep da Prefeitura e os irmãos, Alyrio e Afrânio Alves Rosa, constantes contribuidores para o bem da comunidade, nos cedeu o lote de terreno. Daí, fomos de casa em casa, de fazenda em fazenda e nas companhias, Mineira e Ingá, de pires nas mãos, conseguimos doações de vacas, bezerros, materiais de construção.
GRAÇAS a tudo isso e mais a boa vontade de pedreiros, carpinteiros, serventes, enfim de toda a comunidade, em quatro meses dotamos a cidade de um local decente para as Policias e até mesmo para os presidiários, que eram tratados desumanamente, quando eram detidos para os procedimentos legais.
EM 1.967, fui convidado pelo Prefeito, Gustavo Solis Rosa, para assumir o Cargo de Chefe do Serviço de Educação e Cultura da Prefeitura Municipal, permanecendo nesse Cargo até o final do mandato e paralelamente exerci o Mandato de Vereado, pois era sem qualquer remuneração ou subsidio; fui Secretário do ex-prefeito, Antônio Ribeiro e, posteriormente Assessor de Gabinete- o que corresponde hoje a Secretário de Administração, do ex- prefeito Hélio Guimarães, ocupando a Secretaria do Desenvolvimento da Administração Alcides Diniz.
CRIEI o Curso preparatório ao Madureza Ginasial, inspirado no Projeto Minerva do Governo Federal, tendo o apoio de outros interessados, com grande sucesso;
NO MESMO ano, após ser aprovado em todas as matérias do extinto Ginasial, mudei para Brasília, levando a minha família, esposa e três filhos menores, o mais novo com apenas dois anos de idade, onde matriculei no Supletivo do segundo grau, no Curso Objetivo, frequentando aquele Curso de março a setembro. Nos exames realizados na Capital, no mês de outubro, fui aprovado em todas as matérias, obtendo no mesmo ano os diplomas de primeiro e segundo grau, ficando apto a entrar para a faculdade, que era o meu objetivo. Ressalte-se que, dos 3.504 inscritos para fazerem as provas, apenas 05(cinco) conseguiram aprovação em todas as matérias, e eu fui um deles.
RETORNEI para Vazante, no mesmo ano de 1.972, em razão da eleição de Hélio Guimarães para Prefeito, com a finalidade de dar continuidade ao nosso Projeto de Governo, há muito planejado.
MESMO assim dei continuidade aos seus estudos, tendo matriculado na Escola de Filosofia e Letras de Patos de Minas, no Curso de Matemática, quando acumulei as funções de Funcionário da Prefeitura, Estudante e ainda de Professor nos antigos cursos Ginasial, Magistério e Contabilidade;
EMBORA fosse apaixonado com o magistério não dei prosseguimento aos estudos de Matemática e nem nas aulas, pois a remuneração era muito baixa e não seria suficiente para cumprir os meus objetivos familiares, que era estudar os filhos. Migrei, então, para o Curso de Direito da Universidade Federal de Uberlândia, colando grau em Direito no ano de l.980;
Só eu, minha família e Deus, sabemos das dificuldades até conseguir essa formatura, indo e vindo à Uberlândia todos os finais de semana e permanecendo uma semana naquela cidade a cada bimestre, para fazer as provas da Faculdade.
NESSAS alturas já tinha cumprido a tarefa junto ao Prefeito Hélio e dediquei-me a uma pequena propriedade rural na região de Claro de Minas e ao meu escritório de Despachante e de Advocacia, criados por mim antes de terminar o Curso de Direito, sendo este juntamente com um profissional já experiente, que me dava assistência semanalmente;
NAQUELES tempos tudo era mais difícil, A Comarca de Paracatu, a qual pertencíamos, além de distante era muito complicada, funcionava com deficiência, quase sempre sem Juiz, Promotor e os funcionários tinham também bastante dificuldade. Outra dificuldade também era não contar com as facilidades atuais, como internet, consultas etc. Isso durou até o ano de l990, quando conseguimos instalar a nossa Comarca;
NA CRIAÇÃO e instalação da Comarca a minha participação foi substancial. Como já foi dito, ainda na Administração de Hélio Pereira Guimarães, participávamos de sequenciais reuniões em busca de uma ligação asfáltica e da Criação da Comarca.
PELA PRIMEIRA vez o grupo político dominante perdeu as eleições, sendo eleito o médico José Benedito dos Reis Calçado. Tudo se deu em razão da inabilidade política do grupo, que perdera o seu maior líder, tendo falecido Afrânio Alves Rosa, não deixando substituto à altura, a oposição terminou substituindo o sétimo prefeito de Vazante, Valdevino Machado Guimarães, que teve um mandato de seis anos, divididos entre ele e seu Vice Prefeito.
DA MESMA forma, o mandato de Dr. José foi de seis anos, que também dividiu com o seu Vice, Luiz Rogério Ferreira. E no início do seu mandato, Luiz Rogério a mim confiou a luta em busca da criação e instalação da nossa Comarca. Através de uma Portaria, me deu Carta Branca para tomar todas e quaisquer providências á esse fim. Usei todos os meios disponíveis da época, fui no rádio, na TV, jornais e promovi diversas reuniões, sendo uma delas em Belo Horizonte, com a participação de todos os municípios interessados, sendo que em uma delas contamos com a participação do Newton Cardoso, à época Prefeito de Contagem e postulante do Cargo de Governador de Minas, o que aconteceu mais tarde. A Comarca foi criada e posteriormente instalada em l.990;
FUI SÓCIO fundador e Presidente do Lyons Clube Internacional. Na minha gestão foi criado o Baile das Debutantes, tão necessário para a sociedade da época.
FUI SÓCIO fundador e duas vezes Presidente do Social Vazante Clube, com gestões revolucionárias e lembradas até hoje pelos sócios. Na minha gestão, construí toda a área de lazer do Clube, assim como as piscinas, quadra de esporte, banheiros e uma nova Secretaria, com portaria independente da área social. Construí muros, fechando todo o imóvel a ele pertencente. Legalizei a situação dos associados e dei ao Clube condições de funcionamento, transformando em um local frequentado prazerosamente pelos associados.
JUNTAMENTE aos Capitães de Folias, José Cláudio, Ormênio Ferreira, Elias Salino, Adelino e outros, demos início aos Encontros de Folias, na porta do Asilo de São Vicente de Paulo, que se tornou uma tradição, se transformando num acontecimento aguardado e muito festejado pelas pessoas que gostam dessa tradição folclórica e religiosa.
PARTICIPEI da fundação da Conferência de São Vicente de Paulo da qual foi por diversas vezes o Secretário;
PARTICIPEI da fundação do Grupo de Alcóolicos Anônimos, onde proferi diversas palestras. Até hoje sou frequentador dessa importante Entidade, incentivando, palestrando e comemorando os bons resultados dela advindos. Quando criamos o AA, dizíamos a seguinte frase: “se conseguirmos tirar apenas uma pessoa da sarjeta, já valeu a pena.” E, para alegria de todos os membros de AA, já recuperamos muitos doentes alcóolicos, os quais, hoje, prestam seus depoimentos nas reuniões.
PARTICIPEI da fundação do Sindicato Rural de Vazante, sendo sócio do mesmo até a ´presente data; Auxiliei o saudoso Luiz do Pedro, na sua gestão como Presidente dessa Entidade, na construção do Galpão, local onde são realizados os leilões de gado tão exitosos;
Participei de uma sociedade de Fazendeiros, que se associaram com o Laticínios Ipanema, criando o Laticínios Vazante, hoje QJUATÁ, que aí está prestando seus bons serviços à classe produtora de leite e oferecendo cerca de 200 empregos diretos e outros tantos indiretos. Fui eu quem representou o grupo de fazendeiros junto aos sócios paulistas e quem dirigiu a Empresa criada, construindo a primeira fábrica. Essa iniciativa foi de grande importância, pois nós, os produtores de leite, ficávamos á época nas mãos de apenas uma compradora de leite, no caso a Nestlé, que abusava de todos, colocando o preço que lhe conviesse.
IDEALIZEI e criei, juntamente com outros sócios, destacando Dr Elson, Ali cério Agostinho, Manoel Tomaz da Cruz, Antônio Valeriano Correa, Heli Xavier e tantos outros, contando com o incentivo de José Romeu Rezende, à época, presidente da Cooperativa Agropecuária, já extinta, a COOPERATIVA DE CRÉDITO SICOOB CREDIVAZ, sendo seu primeiro Presidente, mantendo-a com o seu dinheiro até que viesse a ser acreditada;
Considero como a melhor de todas as coisas da minha iniciativa e ou participação que veio para Vazante. Basta ver a dimensão que alcançou, propiciando aos associados um meio mais suave de manter os seus negócios, pagando juros a menor e sendo sócio com a efetiva participação dos seus lucros.
COM a participação de Virmondes da Silva Barra, criamos a RÁDIO MONTANHEZA DE VAZANTE, a qual foi instalada em 1.990, com a participação de Romão Gonçalves Dias e Benedito Humberto de Andrade, sócios até o momento.
Tivemos momentos difíceis para manter a Rádio Montanheza no ar. Muitos meses deficitária, devido as dificuldades da transmissão em AM, sofrendo todos os tipos de ataque de irradiações e interferências, próprias da atualidade, até que conseguimos transmuta-la em uma FM que hoje nos orgulha e presta um serviço fantástico a nossa cidade e a toda a região, informando, alegrando e servindo de um elo de comunicação, pois a interação entre os nossos locutores e ouvintes é testemunhada no dia a dia da emissora.
COM a participação de vários colegas Advogados de Vazante, criamos a 295ª subseção da Ordem dos Advogados do Brasil, sendo o seu primeiro Presidente. Com muito orgulho, o meu filho, Dr. Júlio Vernec, foi também Presidente dessa Entidade e na sua gestão construiu a sua sede própria, ao lado do novo Forum.
NA LITERATURA fui o primeiro Vazantino a editar e lançar um Livro, intitulado, A Testemunha da Acusação. Este livro teve uma grande recepção nos meios literários levando-me a assumir uma cadeira na Academia municipalista de Letras de Minas Gerais. Mais na frente lançei o Padre e o Burrinho Pedrês, também de contos e que teve grande acolhida.
FUI MEMBRO fundador da Academia de Letras do Noroeste de Minas, na cidade de Paracatu e simultaneamente lançou o seu último livro A Nesga Goiana.
REALÇA-SE ser o primeiro Escritório de Advocacia em Vazante, onde está hoje o seu filho Júlio Vernec Guimarães Borges de Melo, tendo ao seu lado a sua filha e minha neta, Júlia Resgalla Guimarães de Melo, dando continuidade ao ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA MELO.
MINISTREI diversas palestras em Escolas, Sindicatos, Cooperativas, Para Estudantes, no AA, Empresas, onde sempre era homenageado com placas e menções honrosas.
DESTACA-SE, no entanto, a MEDALHA HÉLIO COSTA, a mim concedida pelo Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, pelos serviços prestados à Justiça local e do Estado.
TEM ESPECIAL carinho pelo MÉRITO COOPERVAP, a mim conferida pela Cooperativa do Vale do Paracatu – COOPERVAP, e de maneira especial a placa de reconhecimento da professora Elisângela, pelos serviços Advocatícios a ela prestados quando em criança.
Á propósito, não registro os meus trabalhos jurídicos, pois entendo que aquilo que você executa em proveito próprio não há de ser considerado como um trabalho realizado em função da comunidade. No entanto, naqueles tempos em que inaugurei o primeiro escritório jurídico em Vazante, terminava por estar prestando um trabalho comunitário, devido a distância da sede da Comarca, que era em Paracatu, 120 km de estrada de terra, ônibus apenas uma vez por dia, etc. Isso tornava quase impossível para as pessoas de menor posses, buscar os seus direitos, muitas vezes desses alijados por essa razão.
Por outro lado, tenho o maior orgulho de dizer que durante grande parte da minha vida profissional como advogado, mormente antes da instalação da Comarca, prestei um trabalho comunitário de grande monta. Posso afirmar que mais de setenta por cento dos meus trabalhos jurídicos de então, foram GRATUÍTOS. E reafirmo que foram esses trabalhos de graça e na maioria das vezes eu pagava para executá-los, pois tinha de levar as partes junto comigo, não raramente pagar-lhes almoço, ou lanches, etc, foram os que mais me retornaram em realização pessoal e profissional. Se eu fosse aqui exemplificar, dispensaríamos muito tempo e, preferencialmente, não gostaria que fossem expostos.
O QUE SE DÁ COM A MÃO DIREITA A ESQUERDA NÃO PRECISA SABER…