DESSA VEZ. Foi o último de uma família de extrema consideração.
DESDE muito jovem convivi com a família do Seu Romeu e Dona Verides.
A casa desse casal era passagem obrigatória para quem fosse no sentido de Paracatu, ou Coromandel. A estrada rodageira passava bem ao lado da residência deles, que distava menos de meia légua da outra estrada que ligava Coromandel a Paracatu.
Por essa razão, quer na ida ou na volta dessas cidades, ou outras pela frente, a gente teria de passar ali.
O CONHECIMENTO com os filhos do Seu Romeu nasceu espontaneamente, nos bailes, festas da Lapa, do Claro, Guarda Mor…
Acredito que fui aceito no âmago daquela família foi devido os genitores daqueles meus amigos, conhecerem meu pai, Seu Oscar. Farmacêutico que, certamente, em razão do seu mister, se relacionaram em circunstâncias especiais.
DIFÍCIL dizer quantas vezes esbarrei naquela fazenda. Quantas vezes me servi daquele farto almoço ou jantar e os pernoites confortáveis naquela casa tão amiga.
Essa recepção estendeu-se para a residência provisoria de D. Verides, em Coromandel, para onde levou os três filhos mais novos, Eustáquio, Elias e o saudoso Djalma, para serem matriculados no Ginásio daquela cidade.
FOI um longo convívio, amigo e harmonioso.
AS FILHAS mulheres, sendo as mais velhas, logo se casaram, assim como também aconteceu com o Tião Romeu (todos levavam o apelido do pai), o primogênito dos homens, se casou, indo morar na sua fazenda.
OS MAIS VELHOS, Amador, Zé Romeu e Eustáquio, foram os que mais frequentavam os bailes e festas, juntamente com os amigos comuns.
Além de mim, era o Baiano, Jeová e Geraldo Guimarães e tantos outros…
O Elias e o caçula, Djalma, seguiram a vida estudantil, por isso participavam menos das nossas sadias diversões daquela época.
Mas, participavam como podiam.
O TEMPO, inexorável, cumpria a sua rotina.
Todos nós seguimos nossas vidas, sem contudo nos afastarmos.
QUANDO pude mantive parcerias de gado com o Zé Romeu, Eustáquio e Elias.
Nesse tempo já tínhamos sofrido as perdas do Djalma e do Amador. O Amador por morte natural e o Djalma um acidente brutal, quando um boi o espremeu com uma cabeçada no Mourão de uma porteira.
DAÍ a alguns anos iniciou-se a sequência terrível de óbitos dos meus amigos.
ZE ROMEU, facilitou e sofreu um acidente inexplicável com o seu trator de pneu.
Faleceu esmagado pela máquina.
Poucos anos depois o TIÃO ROMEU nos deixou por morte natural.
RESTARAM as três irmãs, Zica, Araúja e Doquinha e os dois irmãos mais novos, Eustáquio e Elias.
Arauja faleceu primeiro dentre esses.
NESSE ano de dois mil e vinte e quatro foi fatídico para os irmãos sobreviventes.
Todos faleceram, por morte natural, com poucas diferenças de tempo entre cada óbito.
O ÚLTIMO deles foi o ELIAS. Faleceu no dia vinte e um de novembro deixando três filhos, Romero, Rogério e Ana Heloísa e a esposa, Dulce Rabelo.
SEU ROMEU e D. VERIDES, no bom lugar que estão podem orgulhar da sua prole.
Seus filhos deixaram bons exemplos e filhos maravilhosos.
Diversos fazendeiros prósperos; engenheiros; adiministradores; economistas; dentistas; médicos veterinários, muitos deles com destaques profissionais.
ME PERMITO destacar o Doutor,
Professor e Escritor, Rogério Rabelo, filho do saudoso, Elias Rabelo e da Professora, Dulce Rabelo, por tudo o que já fez e fará pela Medicina Veterinária na sua Escola e nos seus trabalhos particulares.
COM CERTEZA uma família que deu certo…